quinta-feira, 8 de outubro de 2015

VIVA A REPÚBLICA

A Biblioteca, em articulação com a disciplina de História -9º ano- assinalou os 105 anos da Implantação da República com a exposição “Viva a República”, com um concurso de marcadores alusivos ao dia e ainda com o passatempo  “Vamos Descobrir”.






Na próxima semana saberemos quem são os vencedores dos desafios propostos. Estejam atentos!


E porque o nosso patrono, João de Barros, foi também um dos vultos da 1ª República, deixamos parte de um poema da sua autoria!

De Humilde Plenitude, transcrevem-se as primeiras estrofes do longo poema, Os Canais.  

OS CANAIS (Bruges)
 a António Carneiro

A sonolência
A sonolência doentia dos canais,
Tem-me perdidas horas junto ao cais,
Horas perdidas, sem amor, sem violência,
Horas de cinza, agonizantes, sempre iguais,
Horas de chumbo – como a água dos canais...

Água parada,
Água viscosa, água soturna – água quase sem cor,
Onde a névoa adormece, onde o silêncio nada...
– Aves que passem, numa lenta revoada,
Barcos levados no balanço da remada,
São como sombras de cansaço e de torpor...

Miram-se as casas velhas e severas
Na água adormecida...
Olho as janelas – e não há sinal de vida...
Nunca floriram primaveras ou quimeras
Naquela paz adormecida...

 (...)

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