sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

PROJETO ALER+  - AMIGOS DOS LIVROS

No dia 27, alunas do 9º B visitaram a EB1 de Miratejo. Com elas levaram um livro, muito entusiasmo e a vontade de promover os livros, a leitura e neste caso, também a saúde oral (projeto SOBE).
Os alunos da  turma do 1º ano da professora Ana Isabel ouviram atentamente o texto “No país dos dentes” e depois aplicaram as técnicas do corte e da colagem. Mas a criatividade andou à solta e a ilustração do texto surgiu! Os dentes, a escova, a pasta de dentes e até o micróbio Lucifer foram as personagens principais.
Todos adoraram esta experiência!

Fica o nosso agradecimento à Inês, à Catarina e à Nicole por disporem do seu tempo livre para a realização desta atividade e à professora Ana Isabel por nos ter recebido.




Aguardem pelas ilustrações!
CELEBRAR A LER -VERGILIO FERREIRA




No dia 28 de janeiro, a Biblioteca Escolar, assinalou o dia com uma pequena exposição, a exibição de um power point alusivo à vida e obra do escritor e a leitura em sala de aula de um poema do mesmo.


Que Há para Lá do Sonhar?

Céu baixo, grosso, cinzento 
e uma luz vaga pelo ar 
chama-me ao gosto de estar 
reduzido ao fermento 
do que em mim a levedar 
é este estranho tormento 
de me estar tudo a contento, 
em todo o meu pensamento 
ser pensar a dormitar. 

Mas que há para lá do sonhar? 

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1' 
27 de janeiro - dia internacional  em memória das vítimas do holocausto

O Holocausto foi a ação de extermínio em massa de cerca de seis milhões de judeus que ocorreu durante a a 2ª guerra mundial. Através de um plano macabro e atentatório dos Direitos do Homem, Adolf Hitler foi responsável pela morte de mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus.



A Biblioteca Escolar assinalou o dia com a exibição de um power point, com a leitura de um testemunho de uma sobrevivente de Auschwitz e com a exibição do filme "A Lista de Schindler".



sábado, 23 de janeiro de 2016

Vergilio Ferreira

Vamos ouvir Vergílio Ferreira na leitura de um excerto do seu livro "Cântico Final".


Vida e obra de Vergilio Ferreira





Vergílio Ferreira

A Palavra

Se eu soubesse a palavra,
a que subjaz aos milhões das que já disse,
a que às vezes se me anuncia num súbito silêncio interior,
a que se inscreve entre as estrelas contempladas pela noite,
a que estremece no fundo de uma angústia sem razão,
a que sinto na presença oblíqua de alguém que não está,
a que assoma ao olhar de uma criança que pela primeira vez interrogou,
a que inaudível se entreouve numa praia deserta no começo do Outono,
a que está antes de uma grande Lua nascer,
a que está atrás de uma porta entreaberta onde não há ninguém,
a que está no olhar de um cão que nos fita a compreender,
a que está numa erva de um caminho onde ninguém passa,
a que está num astro morto onde ninguém foi,
a que está numa pedra quando a olho a sós,
a que está numa cisterna quando me debruço à sua borda,
a que está numa manhã quando ainda nem as aves acordaram,
a que está entre as palavras e não foi nunca uma palavra,
a que está no último olhar de um moribundo, e a vida e o que nela foi fica a uma distância infinita,
a que está no olhar de um cego quando nos fita e resvala por nós,

– se eu soubesse a palavra,
a única, a última,
e pudesse depois ficar em silêncio para sempre…


in Uma Esplanada sobre o mar 
CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE VERGÍLIO FERREIRA (1916 / 2016)


Antecedendo o dia 28 de janeiro, dia do nascimento de Vergilio Ferreira, deixamos aqui um pequeno apontamento sobre o escritor.


Biografia:

Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu em 1916 e morreu em 1996. Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no Ensino Secundário. Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses deste século. 
Literariamente, começou por ser neorrealista  (anos 40), com "Vagão Jota" (1946), "Mudança" (1949), etc. Mas, a partir da publicação de "Manhã Submersa" (1954) e, sobretudo, de "Aparição" (1959), Vergílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas deste século. O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores, a arte, são recorrentes na sua produção literária. Além disto, Vergílio Ferreira deixou-nos vários volumes do diário intitulado "Conta-Corrente". Das suas últimas obras destacam-se: "Espaço do Invisível", "Do Mundo Original" (ensaios), "Para Sempre" (1983), "Até ao Fim" (1997) e "Na tua Face" (1993). Recebeu o Prémio Camões em 1992.

http://www.wook.pt/authors/detail/id/17635


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Vamos cantar as Janeiras


Na Biblioteca

Os alunos de Música da EB1 D. Nuno Álvares Pereira estiveram a cantar as Janeiras em vários espaços da EB de Corroios. E que bem cantaram! 
Na sala de professores
Numa sala de aula
Na Unidade de Multideficiência

À entrada do bloco A

Voltem sempre!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Eduardo Lourenço recebe Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural

O ano começou bem com a entrega do prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural ao ensaísta e intelectual, grande vulto da cultura portuguesa, Eduardo Lourenço.
O prémio, que é atribuído pela primeira vez, tem periodicidade anual e o valor pecuniário de 40 mil euros, tendo sido criado em homenagem à memória do poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e tradutor Vasco Graça. 
 O júri, em ata, refere em relação ao ensaísta Eduardo Lourenço de 92 anos:
"Trata-se de uma personalidade multifacetada que se singulariza pela coerência entre um pensamento independente e aberto e uma permanente atenção à sociedade portuguesa, à sua cultura, numa perspectiva universalista, avultando a reflexão sobre uma Europa aberta ao mundo e nunca fechada numa qualquer fortaleza encerrada no egoísmo e no preconceito"

"Em tempos de incerteza trata-se de uma voz de esperança, que apela ao diálogo e à paz, com salvaguarda da liberdade de consciência e do sentido crítico. A sua heterodoxia mantém-se viva e actual em nome do compromisso cívico com a liberdade e a responsabilidade solidária".
ANO NOVO

Cá estamos de regresso, após esta breve interrupção para comemorarmos o Natal e a chegada de um novo ano. Damos as boas vindas a toda a comunidade escolar, desejando que 2016 seja um ano repleto dos maiores sucessos pessoais e profissionais.

Porque ainda estamos em época festiva vamos cantar as Janeiras: