Luís Sepúlveda, romancista, realizador, roteirista, jornalista e ativista político, nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro de 1949 e morreu a 16 de abril de 2020 em Oviedo, Espanha. Cresceu no bairro San Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por influência de uma professora de História.
Luís Sepúlveda, romancista,
realizador, roteirista, jornalista e ativista político, nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro de 1949 e
morreu a 16 de abril de 2020 em Oviedo, Espanha. Cresceu no bairro San
Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por
influência de uma professora de História.
Aos 15 anos ingressou na Juventude Comunista do Chile, da qual foi expulso em 1968. Depois disso, militou no Exército de Libertação Nacional do Partido Socialista. Após os estudos secundários, ingressou na Escola de Teatro da Universidade de Chile, da qual chegou a ser diretor. Anos mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Da sua vasta obra – toda ela
traduzida em Portugal –, destacam-se os romances O Velho que Lia
Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato
que a Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo
a admiração de milhões de leitores.
Membro ativo da Unidade Popular
chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto
Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru.
Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da
UNESCO. Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional
Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória
da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido
pela sua paixão pela literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no
movimento ecologista e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os
mares do mundo, entre 1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha,
na companhia da mulher, a poetisa Carmen Yáñez. Nesta cidade fundou e dirigiu o
Salão do Livro Ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores,
editores e livreiros latino-americanos com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda participou no “Correntes d’Escritas”, na
Póvoa de Varzim, antes de ter sido internado no Hospital Universitário Central
das Astúrias, em Oviedo, em Espanha, desde 27 de fevereiro, altura em que foi
diagnosticado com Covid-19.
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