A língua materna é mais do que um meio de comunicação é a essência da identidade cultural de um povo. No dia 21 de fevereiro, celebrou-se o Dia Internacional da Língua Materna, instituído pela UNESCO, com o objetivo de promover e proteger a diversidade linguística e construir um mundo mais inclusivo.
Em África, por exemplo, a oralidade é fundamental na transmissão de saberes e culturas, mantendo viva a identidade dos povos. Através de contos e provérbios, passam de geração em geração, conhecimentos e valores preservando tradições e reforçando laços comunitários. Assim, a língua materna torna-se um elo entre passado e futuro, assegurando a continuidade das tradições.
Na Escola Básica de Corroios, celebramos a data com uma sessão de contos e lendas africanas, com um jogo de mímica onde através dos gestos os alunos tentaram adivinhar provérbios dos países de origem de alguns colegas. No final todos reinventaram e escreveram um final diferente para a lenda “Os sete pássaros”, refletindo sobre os seus valores culturais de família, amizade e coragem.
Estiveram presentes os alunos da turma 5ºD, acompanhados pela professora Sara Pólvora.
Parabéns a todos os participantes!
Se esqueço a minha língua materna
E as canções que o meu povo canta
Para que servem os meus olhos e as minhas orelhas?
Para que serve a minha boca?
Se esqueço o cheiro da terra
E não lhe sou útil.
De que me servem as minhas mãos?
Que faço neste mundo?
Como pude admitir a insensata ideia de que a minha língua é fraca e pobre
Se as últimas palavras da minha mãe
Foram pronunciadas em evenki?
Alitet Nemtushkin, um poeta evenki (minoria étnica da China)
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