segunda-feira, 20 de junho de 2011

POEMAS DE SEGUNDA

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Porque tão longe ir pôr o que está perto-
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.

Ricardo Reis

2 comentários:

Anónimo disse...

GIROOOOOOOOOOOO.........5ºE

Anónimo disse...

ESTÁ FIXEEEE................5ºE